Essa semana topei com um assunto interessante, que são as tais influencers geradas e gerenciadas por AI. São mulheres bem bonitas, mas que são totalmente virtuais. Construídas com imagens super realistas e gerenciadas por uma AI que conversa com milhões de seguidores ao mesmo tempo em um ritmo frenético. Já estamos vendo os pequenos danos causados pelo ChatGPT e outros serviços de mensagem, mas o buraco é beeeeem mais embaixo e fundo rsrsrs.
A existência dessas “AI Girls” vai se tornar um estorvo monumental para muitas mulheres – especialmente as E-Girls mais safadinhas – que dependem da atenção de um bocado de homens obtusos e patetas nas redes sociais, que gastam rios de dinheiro com bonequinhas virtuais, sendo que seria mais eficiente pagar uma prostituta na vida real. Entendo o medo e até a timidez masculina, mas… o risco de um não ainda é mais saudável. Próxima pessoa, guri!
Algumas pessoas dirão que é culpa dessa minha geração globalizada, mas… antes de entrar, no argumento, quero salientar que a pornografia sempre foi escondida através do argumento da arte, com incontáveis pinturas de mulheres nuas e homens nus, cujos quadros enfeitavam os quartos secretos dos nobres. Lá no século 19 mesmo, incontáveis artistas se dedicavam até mesmo à fotografia de musas que eram, na verdade, prostitutas e artistas, geralmente mal remuneradas e numa época onde não haviam tantos direitos trabalhistas. E não é que hoje, a internet, traz de volta esse mesmo paradigma?
Eu mesmo experimentei pagar para alguns minutinhos de atenção num desses sites de câmera bem famosos que tem por aí, e até mesmo cogito fazer alguns serviços para algumas mulheres mais velhas que se sentem solitárias. Nada de amadorismo com “grupinho secreto no zapzap” ou vender “pack de pé”. Se alguma vez na vida pensei em me prostituir ou algo parecido, teria que ser real, num site mais estabelecido ou fazendo programa. É comum no Japão vários rapazes serem prostitutos, e a clientela varia tanto das novinhas que também são prostitutas e pagam pela atenção do tal “gigolô” ou das velhotas maduras que vivem em relacionamentos fracos e/ou abusivos no casamento. Contudo o problema não deixa de ser a forma como nos relacionamos e as soluções que arranjamos para isso.
Parte da culpa é sim do feminismo, de querer proteger a mulher demais o tempo inteiro ao ponto do homem ser considerado malvado desde que nasce como moleque. Contudo, pode ser a tecnologia que está prestes a empurrar o feminismo para o que ele era lá no século 19. As redes sociais fazem mal (eu mesmo não tenho nenhuma bem popular, Facebook ou TikTok), mas hoje, é pior do que as revistas femininas dos anos 1950 ou 1960 por exemplo, mas nem eu vou salvar nenhuma garota de se perder nesse caminho. Já fui cliente, posso ser vendedor. Pornografia é um trabalho estressante e entendo que a mente feminina é fraca para muitas coisas. Mas, mesmo com o surgimento das AI-Girls, eu não posso fazer nada. Assim como não farei nada para parar isso. Está muito longe de mim, baby.
Prefiro o pornô daquele século e até mesmo qualquer pornô antigo. Brincar com os prazeres de corpos idealizados é uma coisa completamente diferente do que se imagina. Eu já tive minha cota em outros sites de contos, mas hoje sou apenas um relator do que acontece ao redor. Não procuro aprovação da minha opinião, apenas registrar fatos curiosamente picantes para minha mente quente e safada. Tampouco quero ser “exposto” na internet, pois a internet é apenas um bando enorme de patetas que pouco faz para mudar o mundo para melhor. Ao contrário do que a maioria de vocês desejam, sou um gatinho real. Tenho garras e gosto de ficar no meu canto. Até posso me apegar a alguém, mas só até o momento que essa pessoa me troca por outra coisa. Como vários marmanjos irão trocar de AI-Girls num ciclo vicioso. Enfim, posso roubar a onomatopeia de milhares de garotinhas bobas prestes a perderem o “empreguinho” para robôs: meow-meow-meow hehehehe.
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