Olhando para trás, aos sessenta e cinco anos, vejo meus erros e meus acertos, meus pecados e minhas boas ações, e concluo que tudo isso não terá relevância alguma quando meus segredos vierem à tona; as traições, o sexo casual, tudo isso será exposto em algum momento e eu tenho consciência de que sendo responsável pelas minhas atitudes também sou responsável pelas consequências delas advindas. E porque estou declarando isso? Porque creio que o mais relevante sobre a minha bissexualidade somente surgirá após a minha morte e provavelmente cause muito mais estardalhaço do posso imaginar, e sabendo disso tenho a certeza de que não há espaço para arrependimentos tardios; mas vamos ao que interessa.
Em conversa com um amigo, este me contou que rola muita sacanagem em banheiros públicos masculinos, especialmente aqueles situados dentro de Shoppings Centers; eu não acreditei e pedi provas do alegado. “Parceiro, é o seguinte: aquele shopping que fica na nossa região é o mais comentado! Chega lá próximo do horário de fechar e vá até o banheiro …, depois você me conta o que viu …, ou participou!”, afirmou ele com tom firme e convicto. Relutei em acreditar nas palavras dele, mas como todo bom brasileiro que só acredita no que vê, decidi constatar in loco!
Numa quinta-feira, cheguei bem tarde no local e perambulei a esmo esperando até que faltasse pouco mais de quinze minutos para o encerramento das atividades comerciais me dirigindo ao banheiro para ver se acontecia algo realmente interessante; e assim que entrei me deparei com algo realmente incrível; dois homens mais ou menos da minha idade estavam se acabando em uma mão amiga com as calças arriadas; ambos estavam encostados no batente de um reservado e mesmo depois que um deles percebeu minha presença sequer se preocupou em avisar o amigo enviando um olhar cheio de safadeza adorando me ter como plateia. Não consegui reagir permanecendo imóvel apenas observando a diversão alheia, até que o ruído da porta de entrada chamou a atenção de todos nós.
Imediatamente, entrei em um reservado e baixei as calças para urinar, fosse por necessidade, fosse por desespero em ser descoberto. Na sequência ouvi uma voz grave gritando com os sujeitos enquanto os enxotava para fora do local; como eu havia empurrado a porta esperei alguns minutos, respirei fundo e procurei me retirar; assim que abri a porta dei de cara com o segurança, um sujeito que eu já vira pelos corredores do shopping e que era bem conhecido por sua cara amarrada; era um homem corpulento e musculoso, típico frequentador assíduo de academias de ginástica, com a cabeça sempre raspada e olhar atento a tudo que dizia respeito ao seu trabalho.
-Me perdoe, meu senhor …, tá tudo bem? – perguntou ele com tom gentil – haviam uns sujeitos aqui fazendo sacanagem …, espero que não tenham lhe importunado!
-Ahnnn, sim está! – respondi controlando a intensidade da voz e evitando encarar seu rosto – Eu vi quando entrei, mas não reagi porque não era da minha conta.
-Que bom saber isso – disse ele com um tom formal – mas da próxima vez, assim que sair do banheiro, procure um segurança e notifique a ocorrência …, tem tantos lugares pra essas sacanagens …, não precisa ser justamente aqui, não é?
-Ah, sim! Pode deixar! – respondi em tom enfático – Se for o caso posso te procurar?
-Claro que pode meu nome é Apolo – ele respondeu com tom cordial – mas se não me encontrar, pode procurar o que estiver mais próximo …, mas estou ao seu dispor …
Nos despedimos e eu fui embora com uma estranha sensação a respeito de Apolo; era como se houvesse algo entre nós que eu não conseguia decifrar ainda. Alguns dias depois fui almoçar naquele mesmo shopping com o amigo que me dissera sobre o lance no banheiro e enquanto desfrutávamos de uma refeição, notei Apolo passando pelo corredor; ele não estava usando o terno tradicional de segurança, vestindo camiseta regata e calção esportivo trazendo uma mala de academia em uma das mãos; não consegui deixar de perceber as tatuagens que ele trazia pelo corpo e chamei a atenção do meu amigo contando o que acontecera no banheiro envolvendo o segurança.
-Ah! O Apolo? Sei dele! – respondeu ele antes que eu tivesse dito o nome do sujeito – ele tá sempre de olho, mas quer saber? Acho que ele também é chegado numa brincadeira com outro homem!
-Não acredito! Você tem certeza disso? – perguntei com tom incrédulo.
-Certeza não tenho! – respondeu ele aproximando seu rosto do meu – mas ouvi umas conversinhas por aí sobre ele …, pode ser fofoca …, ou não!
-Imagino que não tenha como descobrir isso, né? – insisti na pergunta sem esconder minha ansiosa curiosidade.
-Depende …, ficou interessado no maçudo? – retrucou meu amigo com um tom sapeca e uma ponta de ironia – Se for o caso, dou meus pulos e descubro pra você.
Acenei com a cabeça e meu amigo abriu um risinho safado sem que fosse preciso verbalizar respostas; ficamos acertados de que quando ele soubesse de algo me avisaria imediatamente; não demorou muito para que ele retornasse com mais informações. “É o sujeito é chegado em uma diversão! Anote aí o numero do celular dele e mande mensagem”, disse meu amigo assim que atendi sua ligação.
-Anotar o número dele? E o que eu vou dizer? – perguntei com tom estupefato.
E eu sei o que você vai dizer, ora? – ralhou meu amigo com tom impaciente – Olha, sou da posição que o melhor a fazer é ser direto …, corre o risco, cara!
Fiquei pasmo com a sugestão do meu amigo, mesmo depois de ter anotado o número do telefone do Apolo e confesso que hesitei muito antes de criar o contato e enviar uma mensagem me apresentando. Demorou uns dois dias para que recebesse uma resposta que foi inconclusiva. “Eu te conheço? Como conseguiu meu contato?”, escreveu ele. Como a regra é o que é um peido pra quem está se cagando, respondi a mensagem com um tom bastante insinuante; disse a ele que o conhecera no incidente ocorrido no banheiro e que obtivera seu contato com um amigo; sucedeu-se então, um silêncio pra lá de preocupante que culminou com uma ligação telefônica.
-Oi! Lembrei do senhor! – disse ele assim que atendi a ligação – nos conhecemos naquele lance no banheiro do shopping, não foi? Mas, aconteceu alguma coisa?
-Er, não! Não aconteceu nada – respondi com tom encabulado – apenas achei que podíamos ser amigos, quem sabe tomarmos um café juntos ou algo parecido.
-Hum, legal! Podemos marcar sim! – respondeu ele com tom suave – Amanhã é minha folga …, mas não pode rolar no meu local de trabalho …, conhece algum lugar legal pra gente conversar?
Na manhã do dia seguinte lá estava eu em uma cafeteria de conveniência nas proximidades do shopping quando Apolo apareceu usando uma camiseta larga e uma calça de moletom; o sujeito bem que preenchia as roupas com seu corpo escultural e seu sorriso largo dava uma indicação de que algo poderia realmente acontecer. “Vou te dar a real, tá? Não sou GP, e não dou muita bandeira por conta do meu trabalho, mas gosto de homens mais velhos e gordinhos …, assim como você!”, declarou ele sem rodeios me deixando pasmo com sua sinceridade. Precisei de alguns minutos para me recuperar do choque inicial, e em seguida perguntei a ele qual era sua ideia de diversão.
-Toma, esse é o endereço da academia que eu frequento – respondeu ele estendendo um cartão sobre a mesa – Na verdade sou um dos sócios, então lá é tudo liberado …, aparece uma hora dessas pra gente se conhecer melhor …, mas manda mensagem antes, tá?
Incapaz de verbalizar uma resposta limitei-me a um aceno de cabeça; tomamos nosso café e Apolo se despediu afirmando que tinha outros afazeres, mas reafirmando que me esperava em sua academia. Precisei de dois dias para criar coragem e me aventurar em algo bem desconhecido para mim, mas com a certeza de que na minha idade oportunidades não surgem sempre e quando isso ocorre é preciso agarrá-las com firmeza.
Cheguei na academia no final da tarde e Apolo veio me receber com um forte aperto de mão; fizemos um tour rápido pelas instalações, até ele me convidar para conhecer a sala de massagem. “Olha, fique a vontade aí …, pode se despir e deitar naquela maca que eu já volto!”, sugeriu ele saindo da sala; tomado por uma tremedeira descontrolada fiz o que ele pediu e esperei pelo que viesse. Apolo retornou usando apenas uma sunga apertadíssima exibindo seu corpo esculpido ornado com um sorriso. Depois de derramar um pouco de óleo no meu corpo ele começou a me massagear e aquelas mãos grandes e quentes provocaram um impacto imediato com arrepios percorrendo todo o meu corpo.
Ele pediu que eu abrisse as pernas e passou a massagear meu pau e dedar meu cu; os arrepios aumentaram e a excitação corria solta impondo que eu gemesse de tesão, e acabasse num gritinho quando Apolo meteu o dedo bem fundo no meu buraquinho enquanto me punhetava vigorosamente. “Olha, como isso fica melhor se eu puser isso no seu pau!”, comentou ele exibindo uma espécie torniquete com o qual ele laçou meu pau pela base apertando com força; a sensação inicial foi de um doloroso incômodo, mas Apolo prosseguiu na punheta e na dedada fazendo com que eu deixasse de lado qualquer forma de dor experimentando apenas o prazer.
O olhar dele não escondia o prazer que sentia me usando como seu brinquedinho sexual e eu não podia negar que também estava gostando; depois de algum tempo ele me puxou para baixo deixando minha bunda fora da maca e tomando posição entre minhas pernas que ele ergueu abrindo-as e apoiando meus tornozelos sobre seu ombro; ele abaixou a sunga pondo à mostra sua piroca cujas dimensões me surpreenderam; para um homem daquele tamanho, Apolo tinha uma rola mediana, um pouco grossa e cabeçuda o que me deixou pasmo. Ele pincelou meu rego com ela e depois de mirar meu rosto com um sorriso maroto golpeou com força.
Na segunda tentativa ele laceou meu cu com a chapeleta me invadindo provocando alguma dor que pareceu ampliada por conta do torniquete; Apolo meteu sem dó e quando conseguiu me entuchar por completo não perdeu tempo em estocar com movimentos rápidos e profundos apertando ainda mais minha piroca e acelerando a velocidade da punheta; confesso que se no início a dor foi algo angustioso com o passar do tempo o tesão falou mais alto e eu desfrutava da impetuosidade de Apolo que mostrava-se um exímio “massagista” (em todos os sentidos!). E quando, finalmente, o sêmen jorrou dentro de mim acompanhado de gritos roucos do parceiro que acabou por provocar meu orgasmo eu não me contive em gemer experimentando uma sensação de prazer simplesmente indescritível e muito especial.
Apolo esperou sua rola murchar dentro de mim e puxou-a para fora me convidando para que tomássemos um banho. Sob o chuveiro ele me ensaboou com movimentos gentis sempre sorrindo e me apalpando sempre que podia. Depois que nos recompusemos, ele me ofereceu um café expresso que aceitei de bom grado. “Então? Gostou da massagem?”, perguntou ele com um tom maroto e um sorriso sapeca. Eu não respondi de imediato, porque havia algo que me intrigava ao mesmo tempo que me provocava a ter outras ideias. “De verdade mesmo, gostei demais! Mas, tenho vontade de te pedir uma coisa bem doida!”, respondi com tom hesitante. Apolo me fitou com uma expressão enigmática esperando que eu continuasse a falar.
Alguns dias depois, eu estava em casa ansioso por receber uma mensagem que não chegava me deixando angustiado; por várias vezes pensei em enviar um sinal qualquer, mas desisti sabendo que não seria bem recebido. Por fim, numa tarde a mensagem chegou, curta a objetiva. “Hoje! Pode vir!”, dizia o texto na tela do meu celular. Passava das nove e meia da noite quando cheguei ao shopping andando feito tonto de um lado para o outro até que dez minutos antes das dez entrei no banheiro masculino; como combinado Apolo estava a minha espera; ele fechou a porta com uma chave própria e abaixou a calça do uniforme. “Não era isso que você queria? Então vem aqui mamar minha rola, gordinho safado!”, ordenou ele com tom irônico. Não titubeei, correndo em sua direção e me pondo de joelhos abocanhando sua piroca e mamando-a com enorme avidez, até receber seu sêmen quente e espesso enchendo minha boca. Ao término de nossa aventura, Apolo me conduziu pela saída localizada na área de carga/descarga e nos despedimos com ele exigindo que eu comparecesse em sua academia assim que pudesse para receber uma nova “massagem”; convite que a meu ver era irrecusável!
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