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O COWBOY VIRGEM (2/2)

Publicado em outubro 27, 2022 por Jesús Blasco
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**[A primeira parte dessa história já foi postada. Procura no meu perfil que já está lá.]

III

Pela tarde, dando Tex como foragido, Edward se aliviava daquele calorão dos diabos com um bom banho de caneco nos fundos do quintal de seu escritório. Um par de olhos curiosos, porém, visualizava a sua nudez gorducha e medonha de dentro da delegacia. Era Beau Cock, seu auxiliar.

― Puxa, xerife! Se o senhor fosse pego andando assim pela cidade, certamente seria preso por atentado ao pudor! ― comentou o ajudante, troçando com as poucas medidas de Edward.

― Engraçadinho… O que quer de mim, Cock?

― Desculpe, xerife ― empertigou-se. ― É que uma das meretrizes lá do saloon deixou escapar que Tex se refugia sob a proteção de uma loura, uma tal Helena.

― Quem é a meretriz que lhe disse isso?

― É a minha garota, xerife! Nós estávamos num quarto, abraçados sob o calor dos lençóis e…

― VOCÊ ESTAVA FORNICANDO COM ESSA SIRIGAITA, COCK? ― cortou o xerife, verde de ciúmes!

― Bem, xerife Edward ― explicou o ajudante, meio rubro de vergonha, encarando o chão ―, depois de me ver descer as calças na sua frente lá no bar, ela ficou muito excitada com o tamanhão do que viu e…

― Cale-se! Não quero ouvir mais nada. Vamos logo atrás de Tex antes que o danado fuja de novo!

Tex, porém, anteviu pela janelinha do quarto em que estava escondido a aproximação do xerife e seu auxiliar. Decidiu fugir antes que Edward desencadeasse um novo tiroteio. Indo à cama, Tex deixou nos lábios de Helena um último beijo e desceu por outra janela que dava para um beco.

O cano metálico de um Colt mirou Tex em sua fuga. Pouco depois um projétil passou a poucos centímetros de sua cabeça. Tex se atirou no chão, sacou sua arma com impressionante velocidade e se deparou com aquele pistoleiro que outrora havia expulsado do quarto. O tal Carrilo Dick.

― Lembra-se de mim, moleque? Se não se lembra da minha cara, certamente se lembra das minhas bolas, pois quando você me expulsou daquele quarto eu estava com elas balançando bem na sua fuça!

― Claro que me lembro de você, idiota! O que quer?

― Quitar a conta! ― concluiu, abrindo no rosto um sorriso malvado.

O pistoleiro ergueu a mira contra Tex, mas esse foi mais ligeiro e, com apenas uma detonação, lhe arrancou a pistola da mão antes mesmo que pudesse disparar.

Agora só restavam Tex e Carrilo Dick. Este último, com a mão sangrando.

O jovem fora da lei ergueu-se do chão, tinha a fúria crepitando no rosto. Dick deu um passo atrás, sentindo uma mistura interna de medo e ódio.

― Vou ensinar você a não atirar pelas costas de ninguém, maldito ― disse Tex, partindo para cima do mexicano e rolando pelo chão com ele nos punhos.

Não demorou muito. Tex encaixou um poderoso direito no queixo do oponente fazendo-o cuspir uma bolha de saliva. Fechou a conta com dois esquerdos no estômago. Dick grunhia no chão sentindo as dores atrozes das contusões. Tex se levantou um pouco extasiado pela vitória, mas Dick o surpreendeu pelas costas com um abraço fatal que rasgou de vez a sua camisa.

― Vou lhe ensinar uma dor que nunca sentiu, moleque ― berrou ele a Tex, aludindo o estupro, mas o outro foi quem fê-lo cair de quatro no chão com uma rasteira.

― O jogo inverteu, cretino! ― Tex falou, abrindo um furo nos fundilhos de Dick e afundando o áspero e comprido no meio do seu traseiro.

Dick gemeu alto.

Vendo que o pistoleiro sofria, Tex empurrou mais dedos para dentro daquele rabo cabeludo e guloso quando sentiu o próprio pênis duro contra o jeans.

Estava tudo claro. O jovem fora da lei arrancou o pau para fora e o lambuzou com uma cuspida. Pouco depois, fê-lo desaparecer naquele mexicano fanfarrão que gemia passivamente, mais de raiva que de dor.

IV

Edward e Beau Cock chegaram ao beco justamente quando Carrilo Dick resmungava uma chuva de impropérios contra o dote nervoso de Tex. Os dois homens da lei estacaram de súbito e ali ficaram pasmados vendo o vaivém de um no rabo do outro. E mesmo com a plateia, Tex não se deteve: continuou a sua punição a Dick. Não demorou, o sexo de Beau Cock também quis opinar sobre aquela cena, latejando forte contra os jeans.

O xerife, desviando a atenção para a súbita ereção do seu auxiliar, banhou os beiços secos da língua úmida. Não podia mais esperar.

― Beau Cock ― berrou ele, fazendo o auxiliar dar um pulo ―, agora é a hora de fazer jus à sua estrela!

― Diga, xerife Edward!

― Bom! Pois você fará comigo o mesmo que Tex faz com aquele cabrón!

É natural contar que o ajudante surrou, judiou e partiu o xerife por trás do jeito que ele sempre sonhou. O pôr-do-sol caiu no horizonte assistindo a orgia sodomita daqueles quatro caubóis, na sombra dos becos, longe da vista social (ou, pelo menos, da maioria dela).

Sim, leitor frenético! Depois de ejacular na bunda daquele mexicano humilhado, nosso herói, Tex, fugiu das garras de Edward ― que estava dilatado demais para persegui-lo numa sela de cavalo! ―, mas tempos depois foi cair nas garras dos guerreiros navajos, e daí, a história todos já sabem.

FIM

[Escrito por Jesús Blasco, setembro de 2016]

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