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O Pecado Mora Ao Lado

Publicado em março 11, 2022 por J. R. King
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Parte 1: A Nova Vizinha

Assim que deixei meu marido no aeroporto, fui direto para casa. Éramos casados há menos de um ano, estávamos vivendo o ofurô dessa relação. Tinhamos uma vida sexual bem ativa, éramos jovens e apaixonados. Por isso que, após saber que ele iria em uma viagem de negócios de 15 dias na China, eu fiquei bastante apreensiva. Sabia que sentiria falta dele esses dias, principalmente na cama, seja no sexo ou apenas a sua presença pra me acalmar e me fazer dormir bem em seus braços.

Logo após chegar em nosso apartamento, tirei os sapatados e desabei no sofá. A casa parecia tão vazia sem Marcelo, e eu sabia que isso me incomodaria nas próximas duas semanas. Porém, algo que eu não esparava acontecera naquela tarde. O interfone tocou. Não sabia o que era, não esperava por nenhuma visita, por isso me assustei com o toque repetido que vinha direto da cozinha. Caminhei e atendi, o que eu ouvi era uma voz feminina, bem suave, mas que ainda não conhecia.

– Oi, desculpa te incomodar. Eu sou sua vizinha do 403, é que eu esqueci as chaves no meu apartamento, você podia abrir para mim?. – Disse a voz do outro lado da linha.

– 403? Não é o apartamento do Iago e Tadeu? – Perguntei, um pouco desconfiada. Iago e Tadeu era um jovem casal gay de universitários que morava do nosso lado, e eu sabia que eles haviam viajado naquele verão para a Europa, então achei estranho aquela conversa.

– Sim! É, bem, eles viajaram, mas eles deixaram eu ficar na casa deles pra curtir um pouco as férias. Pode abrir por favor? – Disse a voz novamente.

Eu ainda achei um pouco estranha aquela conversa, mas deixei ela entrar mesmo assim. Apertei o botão para abrir o portão e ela agradeceu do outro lado da linha. Na hora fui até o corredor ver ela subindo. Eu conseguia ouvir os seus passos pela escada que serpenteava os andares, até ela chegar ao meu, carregando uma mala vinho e um pequeno ventilador.

– Oi, você deve ser a moça que me atendeu. Muito obrigada, eu sou Fernanda. – Disse ela, apoiando o ventilador na mala para poder me cumprimentar.

Fernanda era uma morena de cerca de 1,65, um pouco mais baixa que eu. Tinha longos cabelos encaracolados que estavam presos por uma xuxinha, deixando a mostra o seu pescoço pálido e um pouco suado devido ao calor que fazia naquele dia. Mesmo com o calor ela usava uma camisa de flanela xadrez e uma camiseta preta por debaixo, além de um short jeans rasgado bem curtinho e sapatos all star vermelhos. Mas o que eu não oude deixar de notar era em sua beleza. Eu não sou de reparar muito em mulheres, mas em Fernanda eu pude reparar bem. Seu corpo bem torneado, tinha uma bunda durinha e fartos seios, além de um rosto lindo, com olhos verdes, lábios sedutores e um sorriso maravilhoso. Era bem jovem, devia ter uns 19 anos, e era super simpática.

– Oi, eu sou a Melissa. Então você veio passar as férias aqui na casa do Iago e Tadeu? – Perguntei a ela.

– Sim, eles são meus colegas da faculdade. Eles deixaram eu ficar aqui pra, você sabe, ficar mais perto da praia, ainda mais nesse calor infernal, não é mesmo?

– É, sei bem, como é. Bom, se precisar de alfuma coisa, só bater na minha porta, tá bom?

– Tá bom, muito obrigada. – Respondeu Fernanda e então foi em direção ao seu apartamento, que ficava ao lado do meu.

No primeiro momento, não pensei em nada, a não ser que não pude deixar de reparar em como Fernanda era linda. Mas até então isso parecia bem normal para mim. Nunca tinha tido nenhum desejo por outra mulher. Logo, esse pensamento se esvaiu da minha mente, pois voltei a pensar em como estava calor.

Fui direto para o banheiro para tomar um refrescante banho gelado, e enquanto passava o sabão pelo meu corpo, loog veio aquela vontade insaciável. Sem Marcelo por perto, a única coisa que me restava para “relaxar” era mim mesma e o chuveirinho do banheiro. Liguei ele e coloquei ele bem colado ao meu clitóris, massageando suavemente enquanto me excitava. Reclinei o meu corpo contra a parede e enquanto guiava o chuveirinho com a mão direita, massageava o meu seio esquerdo com a outra mão, soltando leves gemidos enquanto me excitava ainda mais.

A medida que fui me estimulando, o prazer começou a se tornar mais intenso, e os meus gemidos mais alto. Pensei “não tem ninguém em casa, quem vai se importar?” E então comecei a gemer alto desinibidamente, enquanto sentia as minhas pernas já enfraquecerem com o orgasmo vindo. Assim que gozei, notei que a primeira imagem que me veio a mente após recobrar a consciência não foi a de Marcelo, e sim de Fernanda. O que significa isso? Pensei comigo mesma, nem mesmo eu sabia responder.

Quando saí, pensei que seria educado convidar Fernanda para um café da tarde, como umas boas vindas. Mas também, porque queria saber um pouco mais sobre ela. De certa forma, sua presença me chamou a atenção, não podia negar, e queria saber o que isso significava.

Coloquei um leve e fresco vestido amarelo florido e fui até o seu apartamento. Ela me atendedeu, já não estava mais com a flanela, apenas com a camiseta preta que chamava ainda mais atenção aos seus fartos seios. Convidei ela para lanchar no meu apartamento e ela aceitou prontamente.

Sentamos a mesa e comemos algumas torradas com suco de laranja, enquanto nos conhecíamos. Fernanda era estudante de Jornalismo na Unirio, onde era amiga de Iago e Tadeu. Vinha de São Paulo para estudar no Rio e parecia uma garota bastante empolgada com o seu futuro. De certa forma, eu via nela mim mesma, 10 anos mais jovem, quando também comecei a estudar comunicação social. Pensei em como minhas escolhas acabariam me tornando a pessoa que sou hoje. Uma editora de livros de bolso casada com o primeiro homem que eu me relacionei na faculdade. Será que eu faria tudo igual ou queria algo diferente? Eu refletia comigo.

Também neste lanche, senti algo diferente em Fernanda. Certos olhares, certas palavras, o jeito que ela falava comigo e o jeito que ela pegou em minha mão naturalmente enquanto conversávamos. Ela estava interessada em mim? Eu pensei. E se ela estivesse, eu estaria interessada nela? Mas tudo pareceu se esvair rapidamente quando ela me perguntou:

– E seu marido, ele trabalha com o que?

– Como você sabe que eu sou casada? – Indaguei.

Fernanda segurou na minha mão e a levantou, mostrando pra mim mesma um detalhe que eu própria quase me esqueci.

– A sua aliança, é pra isso que elas servem né? Para mostrar pras pessoas que você é casada. – Disse Fernanda, que começou a rir. Eu ri junto, mas por um momento isso realmente me fez lembrar de Marcelo, que parecia ter me esquecido nos últimos 10 minutos de conversa.

– Ah, sim, ele trabalha com comércio internacional. E aí ele está em viagem pela China, volta daqui há duas semanas. – Respondi.

– Nossa, deve ser difícil ficar sem o marido por tanto tempo.

– Ah, nem me fala. Mas a gente aprende a dar um jeito né?

– É, acho que você já aprendeu, inclusive.

Parei um segundos para refletir ao último comentário de Fernanda.

– Como assim? – Perguntei, curiosa.

Ela demorou um pouco para responder, mas logo falou com um sorriso de canto de boca.

– É, bem, eu meio que ouvi você no banheiro mais cedo.

A minha cara ficou vermelha na hora, assim como o rosto de Fernanda, que corou nas maçãs do rosto e em seu nariz, e que começou a dar uma risada desconfortável em seguida.

– Ai, meu deus, você… Você ouviu!? – Balbuciei, claramente envergonhada.

– É… Bem, os nossos banheiros são bem próximos né, dá pra ouvir quase tudo. – Respondeu Fernanda, que mesmo um pouco envergonhada, parecia não estar tão desconfortável quanto eu.

– Ai, nossa, me desculpa que você tenha ouvido aquilo. Eu tava… – Tentei me explicar, mas logo Fernanda cortou minha fala.

– Tá tudo bem, eu não ligo. – Disse ela, que se aproximou mais de mim, como se fosse contar um segredo, mesmo que não houvesse ninguém além de nós duas lá para ouvir. – Pra ser sincera, você geme bem gostoso, seu marido deve adorar.

Seu comentário, me deixou mais corada do que já tava e fez meu coração disparar de nervoso. O jeito que ela falou comigo era bem dúbio, de certa forma parecia uma cantada, mas também parecia apenas um momento de rápida intimidade entre duas pessoas.

– Ah, nossa… Obrigada… E valeu por me avisar do… Banheiro.

– Não é nada. Olha, eu preciso ir agora, mas obrigado pelo lanche, tava bem gostoso.

– Sim, tudo bem, eu te acompanho até a porta.

Me levantei, ainda um pouco envergonhada e acompanhei até a porta. Ela me abraçou e se despediu. Assim que fechei a porta, dei um suspiro leve com as costas encostadas na parede, suava de nervosismo e um pouco de vergonha. Não acreditava que ela havia me ouvido. E aquelas palavras dela? O que ela queria dizer com aquilo? Eu não sabia responder, mas aquelas perguntas ficaram comigo até eu finalmente dormir.

Parte 2: Sobre sexo e vinho tinto

No dia seguinte, voltei exausta do trabalho, cerca de oito da noite. Subi as escadas me arrastando pelos corredores, até o nosso andar, onde encontrei Fernanda. Ela estava debruçada sobre o parapeito do corredor, que dava para um grande vão aonde ficava a escada em espiral, fumando um cigarro mentolado, que já estava na metade.

– Boa noite. Dia exaustivo, é? – Perguntou Fernanda.

– É, nem te conto.

– Está com fome? Eu fiz macarrão, gostaria de jantar comigo?

Congelei por um tempo, um pouco nervosa com suas palavras.

– E-e… Não, obrigada.

– Ah, por favor, você me fez um lanche ontem, nada mais justo que eu te alimentar também em troca, não é mesmo?

– Bem… Tudo bem, então, acho que não vai fazer mal, não é mesmo?

Fernanda deu um leve sorriso e apagou o cigarro, ela abriu a porta do apartamento e entramos. Nos sentamos à mesa e Fernanda preparou dois belos pratos de macarrão a bolonhesa com queijo parmesão para nós comermos. Ela se sentou a minha frente, e eu pude perceber outra grande características dela. Fernanda era o tipo de garota sem muita formalidade, e de muita rápida intimidade. Percebi só então que debaixo da longa camisa branca que ela usava ela estava sem sutiã, pois seus mamilos marcavam no tecido, e que também estava apenas de calcinha, do jeito que ela se sentava na cadeira, com as pernas cruzadas, era fácil notar o rosa de sua roupa íntima. Eu corei um pouco ao perceber, mas ela parecia não ligar. Fernanda pegou uma garrafa de vinho e serviu duas taças para gente.

– E então, porque você está tão cansada do trabalho? – Perguntou Fernanda durante o jantar.

– Nós estamos com um grande projeto editorial. Iremos publicar algumas obras que caíram em domínio público.

– Tipo o que?

– Tipo… Ah, deixa pra lá, você não vai querer saber.

– Ué, por que não? Anda vai, me conta!

– Bem… É que eu fico um pouco envergonhada. Mas a gente está adaptando alguns contos de Emanuelle para literatura de bolso.

– Legal, mas por que você fica envergonhada?

– É que a nossa editora é focada nesses romances sórdidos. Eu me sinto um pouco envergonhada de falar sobre isso.

– Melissa, por favor, eu ouvi você gemendo noite passada! – Esse comentário me fez corar novamente. – Por que você se sente envergonhada?

– É por que todas essas histórias são tão cheias de apelação sexual, e eu não sou assim, eu me sinto, seila, trabalhando em uma produtora pornô, só que de livros.

– Bem, eu acho interessante esse tipo de histórias, elas sempre apelam para alguma fantasia, e isso atiça bastante a imaginação. Você não tem nenhuma fantasia?

– Eu? Acho que não. Eu sou bem… Bem careta, eu acho. Eu e Marcelo. Nós não temos esse tipo de coisa.

– Bem, eu tenho algumas fantasias. Eu gosto de estar em uma posição dominante, sabe? Mas nada muito sadomasoquista, eu gosto só de ter o poder de conduzir a transa, fazer o que eu quiser e a outra pessoa só me seguir. Gosto de puxar o cabelo, mas também gosto que puxem o meu. Gosto de bater e que batem em mim, mas não na minha cara, eu não sou nenhuma vagabunda. Também gosto de morder os lábios e olhar nos olhos da pessoa enquanto lhe faço sexo oral, para ver o prazer em seu olhos. Como você gosta de ser tratada?

Enquanto ela falava essas palavras eu não tive reação, a não ser ouvi-la em silêncio. Senti um arrepio pelo meu corpo enquanto ela descrevia e por um momento imaginei ela fazendo tudo aquilo que descrevia. Não sei se era o álcool do vinho, que já estava na metade da segunda taça, mas aquilo parecia bem intenso, quase como se ela tivesse me hipnotizado por um momento apenas com suas palavras.

– Ah… Bem, acho que eu nunca pensei assim. – Disse, dando uma nervosa risada. – Sexo pra mim sempre foi algo muito… Normal.

– Amiga, então você tá transando errado. – Disse Fernanda, brincando em um tom descontraído que quebrou o transe que ela havia me colocado. Logo mudamos de assunto rapidamente. Após o jantar, assim como na noite anterior, me levantei e me despedi de Fernanda, que agora não só me abraçou como me deu um beijo na bochecha de despedida.

Voltei para o meu apartamento e durante o banho, pensei sobre o que Fernanda havia me dito. Que eu estava transando errado, e comecei a pensar em como realmente a minha vida havia sido tão normal até então. Eu já estava com Marcelo há 7 anos, 1 de casado, mas nossa relação sempre foi bastante equilibrada, sem muitos altos e baixos. Passei minha juventude inteira com ele e nunca experimentei outro prazer.

Eu pensei nas histórias que eu lia nos livros que publicava e finalmente entendi o porque me sentia tão incomodada. Não era pela apelação sexual, mas porque eu era incapaz de viver aquilo. Aquelas histórias tão sórdidas e cheias  de lascívia, me deixavam excitada, mas também frustada. Eu queria, mais do que nunca viver algo intenso, carnal e proibido, como eram esses contos.

Parte 3: Descoberta

Eu não vi mais Fernanda durante toda a semana. Marcelo me ligava a cada dois dias da China, me contava sobre as longas reuniões e as diferenças culturais entre os cumprimentos dos asiáticos em relação aos ocidentais. Ele sempre falava com bastante energia, parecia estar indo tudo bem. Eu, no entanto, não ficava tão animada quanto ele. Tudo aquilo parecia tão cinza quanto o terno que ele usava.

Eu me masturbei outras vezes ao longo da semana, dessa vez deitada em minha cama. Apesar de Fernanda ter elogiado meus gemidos ao banheiro, me senti desconfortável ao fazer aquilo de novo sabendo que ela poderia ouvir. Fernanda, Fernanda, Fernanda. Aquele nome não sabia da minha cabeça, eu não parava de pensar nela, e só me dei conta disso alguns já na sexta-feira, quando peguei o meu notebook para assistir algum vídeo pornô enquanto me aliviava. Eu não costumava fazer isso, preferia usar minha própria imaginação, mas algo naquela noite me atiçou a assistir alguma coisa. Procurei vídeos de homem com mulher, dois homens com uma mulher, até de gang bang, mas nada daquilo despertou meu interesse. Até que então finalmente uma ideia em minha mente, e uma curiosidade que eu era incapaz de resistir. Pesquisei por pornô lésbico na barra de pesquisa, e cliquei no primeiro que apareceu.

Eu nunca tinha visto, para falar a verdade, achava um pouco nojento até então. Mas não naquela noite, não naquela semana. Na verdade, aquilo me excitou. Ver uma atriz chupando a buceta da outra me deu água na boca e umedecer a minha buceta. Quando percebi, já estava massageando de leve o meu clitóris por cima do meu pijama enquanto assistia. Me reclinei, abrir as pernas e tirei o short e minha calcinha, e me toquei bem lentamente, aproveitando cada segundo. Quando notei, estava me imaginando dentro daquele pornô, sentindo o doce mel da buceta de outra mulher, apertando os seus seios, tocando outro clitóris que não o meu. E quando eu fui intensificando ainda mais meu toque, comecei a não ver somente a mim, mas também Fernanda. Me vi beijando seus fartos seios. Tocando sua vagina. Será que ela se depilava? Acredito que não, ela não parecia ser o tipo que ligava para isso. Senti meu corpo inteiro se contorcer e finalmente gozar, em um prazer que nunca havia experimentado antes. Minha respiração ficou pesada e notei que pingava de suor. No fim, apenas um gelado banho fez meu corpo finalmente se aliviar por completo. Meu Deus, o que estou fazendo? Pensava comigo. Era realmente isso que eu queria?

Parte 4: Experiência

Era sábado, 4 da tarde, eu trabalhava de casa, pensava em como estava calor, e ainda faltava horas para o sol se por. Quando a minha campainha tocou. Andei até a porta e olhei no olho mágico, era Fernanda. Só então percebi que havia passado o dia inteiro sem pensar nela, focada no meu trabalho. Abri a porta, ela estava com roupa de praia, um biquíni preto e um short jeans, além de óculos e um chapéu, sua pele estava um pouco queimada, mas como ela era bem pálida, era nítido o vermelho em seu rosto, braços e em seu peito.

– Oi, Fernanda, como você tá? – Perguntei

– Tô ótima, acabei de voltar da praia com uns amigos. O que você tá fazendo? – Disse Fernanda, abaixando um pouco os olhos para olhar com mais atenção para dentro da minha casa, onde pude notar também que seus olhos estavam bem vermelhos.

– Eu tava trabalhando. – Respondi.

– Trabalhar? Em pleno sábado? E nesse sol? Nada disso. Você precisa relaxar um pouco. Eu já sei, vou na minha casa pegar uns limões, açúcar e vamos fazer umas caipirinhas.

– Não, por favor, eu tô bem. Sério.

– Amiga, você não tá nada bem. Já falei, vou lá pegar e pronto, me espera aí.

– M-mas… – tentei argumentar, mas logo ela sumiu da minha frente. Na verdade, foi bom eu não ter recusado uma segunda vez. Realmente estava exausta, precisava descansar um pouco.

Fernanda voltou logo em seguida, carregando um saco de limões, açúcar e uma garrafa de 51.

– Hoje, você vai tomar a melhor caipirinha da sua vida. – Disse Fernanda, animada.

– Bom, não é tão difícil, não tomei tantas assim. – Respondi.

Fernanda foi direto até a cozinha preparar as bebidas, fiquei da sala sentada no sofa a observando cortas os limões, amassa-los, adicionar o açúcar, o gelo e a cachaça e então chacoalhar bem a coqueteleira. Depois, ela serviu dois copos e trouxe até nós. Brindamos e tomei um gole. Realmente, a bebida estava bastante refrescante e doce, mas podia sentir já o álcool em minha boca.

– E então, como foi a praia? – Perguntei.

– Foi legal, mas poderia ter sido melhor.

– Como poderia? – Indaguei.

– Bem, um garoto que eu tava afim furou com a gente e não apareceu. Esses homens, só se movimentam quando é do interesse deles. Mas e quanto a você, passou o dia inteiro trancada nesse calor, sozinha?

– É, tipo isso. – Respondi e soltei uma leve risasa. –  Sabe, eu pensei um pouco no que você falou no outro dia.

– Sobre o quê?

– Sobre eu não transar do jeito certo. Acho que você tava certa.

– Sério? – Disse Fernanda, que deu uma risada. – Eu tava brincando, amiga, não existe jeito certo de se transar. O jeito certo é como você gosta.

– Exatamente. Eu não gosto do jeito que eu transo. É muito… Normal, seilá, nunca é diferente.

– Como assim normal? Ele não te chupa?

– Às vezes, mas eu acho que ele não gosta. Eu também não gosto muito. – Pensei um pouco sobre o vídeo da noite passada. Acho que realmente eu gostaria mais de dar do que receber um oral.

– Amiga, toda mulher gosta de ser chupada. Talvez ele não saiba como fazer.

Fiquei em silêncio por um momento, tomei um grande gole da caipirinha, e então comecei a rir sozinha.

– O que foi? – Perguntou Fernanda.

– É tão engraçado, a gente se conhece há tão pouco tempo e eu me sinto tão bem em falar disso com você.

– É, eu já ouvi isso algumas vezes.

– Jura?

– Sim, as pessoas dizem que se sentem a vontade para se abrirem comigo. Eu não sei porque, vai ver é o meu jeito.

– Eu nunca tive alguém assim, com quem eu falasse tão abertamente. E eu sinto tão estranha de ouvir conselhos de uma garota tão, tão…

– Mais nova?

– Exato! Haha, me desculpa.

– Ah, para, você não é tão velha assim. Tem o quê? 28 anos?

– 29. É, faço 30 esse ano. E eu me sinto meio mal de pensar que não aproveitei a vida como eu queria.

– Ah, para com isso. Você só viveu 1/3 da sua vida e já tá assim? Ainda há muito para você viver, explorar, se descobrir. Deixa disso. Você só precisa levar tudo um pouco mais de boa. E sabe do que você precisa agora? De outra caipirinha.

Dei uma risada e concordei com Fernanda, enquanto ela pegava o meu copo para fazer outra dose. Tomamos mais dois copos enquanto conversávamos sobre um monte de outros assuntos. Faculdade, música, trabalho. Eu sentia que poderia comversar tudo com ela o tempo que eu quisesse e não enjoaria. A medida que o álcool foi entrando, eu fui me soltando um pouco. Ela foi se aproximando de mim lentamente. Primeiro nossos joelhos se encontraram. Depois, senti sua mão acariciar o meu ombro despretensiosamente enquanto conversávamos. Ela fazia parecer tudo de forma bem ingênua, mas eu não conseguia parar de notar esses momentos. Até que em um momento fui tomar um gole da caipirinha, e acabei de sujando. Deixei um pouco do líquido escorrer pela minha boca, lambuzando o meu pescoço e escorrendo por entre os meus seios.

– Ops, acho que eu já bebi demais. – Disse e dei uma risada descontraída. – Melhor eu me limpar antes que o açúcar seque e fique pegajoso.

– Deixa que eu limpo pra você. – Disse Fernanda e notei que ela olhou diretamente em meus olhos enquanto dizia isso.

– Tá, o pano tá na pia da direita da cozinha. – Respondi, ingenuamente.

– O quê, e desperdiçar o álcool que caiu? Nada disso! – Disse Fernanda, que se aproximou de mim, colocando as duas mãos em meus braços e dando uma rápida lambida bem perto da minha clavícula.

– O que você tá fazendo? – Disse no meio de uma gargalha, em parte por estar animada com a bebida, e em parte pela sua lambida na clavícula ter feito cócegas em mim.

– Ué, tô te limpando, só isso. – Disse Fernanda, que continuou e lamber a minha clavícula.

Eu não a empurrei para fora, nem disse para ela parar, apenas deixei que continuasse. Continuava a rir, mas depois que ela começou a descer mais, as cócegas pararam. As lambidas pareciam se tornar beijo pelo meu corpo. Ela foi descendo até bem entre os meus seios, o máximo que o meu vestido permitia ela ir. Depois, ela foi subindo, lambendo o açúcar e beijando o meu corpo, subindo até chegar ao meu pescoço. Quando ela chegou ao meu pescoço, senti um arrepio por todo o meu corpo, que fez meu corpo inteiro se arrepiar como uma gata e minha buceta piscar. “Caralho, o que foi isso?” Pensei.

Fernanda parou de me “limpar” e olhou de volta para mim, tão próxima do meu rosto que nossos narizes se encostavam. Ficamos em silêncio por um segundo, apenas nos olhando, como dois cowboys em um duelo, esperando quem iria sacar a arma primeiro para reagir mais rápido. E dessa vez fui eu. Pensei em um grande foda-se para tudo, e no puro instinto. A beijei, Fernanda aceitou meu beijo e logo colocou seus braços em volta do meu pescoço. Nos beijamos intensamente, como nunca havia beijado outra pessoa, nem mesmo Marcelo.

Quando terminou, nos entreolhamos novamente, tentando raciocinar o que havia acontecido, mas não havia nada de razão ali, apenas emoção, desejo e luxúria.

– Você tem certeza disso? E o seu marido? – Perguntou Fernanda.

– Tenho, mais do que tudo. Que se dane o Marcelo, eu quero é você.

Nos beijamos novamente, dessa vez mais intensamente ainda. Logo segurei em seus seios enquanto ela se ajeitava no sofá e sentava no meu colo. Ela acariciou o meu cabelo, deixou meus longos fios loiros correrem entre os seus dedos para então agarra-los e puxa-los com força, fazendo minha cabeça se inclinar para trás.

– É sua primeira vez com outra mulher? – Ela perguntou, já falando em um tom bem sensual.

– Sim. Pra falar a verdade, eu nunca tinha sentido nenhuma atração, até você.

– Eu fico lisonjeada. Transar com mulheres é muito melhor do que com homens, porque a gente sabe aonde nos dá prazer. – Disse fernanda, descendo sua mão até a minha virilha, colocando ela por dentro do meu vestido e calcinha e massageando de leve minha buceta, que já estava úmida de tesão. Soltei um leve gemido antes dela voltar a me beijar.

Me reclinei deitando no sofá, Fernanda veio por cima, me beijando e me tocando lá embaixo, que suspirava entre o seu beijo a cada toque que sentia dela em mim. Ela me beijou o pescoço e foi descendo. Sutilmente ela abaixou as abas do meu vestido, revelando a ela os meus seios. Não eram tão fartos e suculentos quanto os delas. Mas isso não pediu que ela os abocanhasse cheia de tesão, e chupasse eles com vontade e prazer.

Nossos corpos suavam, mas eu já não ligava mais para o calor. Tudo o que eu pensava naquele momento era em Fernanda, e em como o seu toque me dava um prazer indiscrível. Logo joguei o meu vestido pra longe, enquanto Fernanda arrancava de mim a minha calcinha. Ela foi descendo, beijando o meu corpo até a minha virilha. Delicadamente ela beijou a parte interna das minhas coxas antes de levemente passar a língua entre os meus lábios. Senti o nariz de Fernanda se esfregando aos meus pelos pubianos loiro escuro.

Logo ela começou a me chupar, e era como se eu nunca havia sido chupada antes. O jeito como ela movimentava sua língua pelos meus lábios, estimulando gentilmente meu clitóris, me fez revirar os olhos de tesão. Gemi, quase tão alto quanto no dia do chuveiro. Nunca em toda minha vida achei que transar com outra mulher pude ser tão prazeroso, tão intenso, tão sórdido. Senti minha buceta se umedecendo ainda mais e ao olhar para baixo, percebia Fernanda se esbaldando em minha própria excitação. Ela chupava, lambia e beijava, me deixando cada vez mais excitada. Depois, ela se reergueu e começou a tirar a roupa, ficando completamente nua. Seus seios, assim como eu imaginava, eram lindos, grandes e suculentos. Seus mamilos eram levemente mais escuros que sua pele e pareciam me chamar. Me aproximei, puxando o corpo de Fernanda contra o meu e comecei a beijar o seu mamilo esquerdo, passando minha língua em volta da areola e levemente belisca-lo com os meus dentes, fazendo fernanda soltar um gemido agudo seguido de uma risada descontraída. Depois, fiz o mesmo com o seu seio direito enquanto ela acariciava o meu cabelo.

Depois, Fernanda me empurrou levemente, me fazendo reclinar no encosto do sofá. Delicadamente ela percorreu os seus dedos pelo meu corpo, quase em câmera lenta, passando entre os meus seios até a minha barriga, e depois na dela até chegar em seus seios. Ela olhou para mim durante todo esse tempo, tentando ler em meus olhos qual seria o seu próximos movimento. E acho que naquele momento ela já havia decidido. Fernanda pegou na minha perna e a levantou, se ajeitou no sofá e eu pude sentir sua virilha se encostando na minha. Nossos pelos se enrolarem e ela levemente começou a se movimentar, fazendo nossos clitóris se esfregarem um no outro.

Fernanda perguntou se eu estava gostando, e eu sequer conseguia responder com palavras, apenas acenei que sim com a cabeça e comecei a gemer, sentindo nossos corpos se esfregarem um no outro. Era maravilhoso a forma como Fernanda tomava conta da situação, sendo completamente dominante sobre mim, mas sem me menosprezar. Acho que era sobre isso que ela havia falado naquele dia. Enquanto transávamos. Ela se aproximou de mim e me beijo, seu rosto ainda estava lambuzando. Conseguia sentir em sua língua e seus lábios o meu próprio sabor, e isso só me deixava mais excitada. Nossos corpos estavam totalmente colados, era como se fôssemos um. Sentia seus fartos seios se esfregando em meus, tocando em nossos mamilos. Logo tivemos que parar de nos beijar, pois começamos a gemer loucamente quando Fernanda começou a esfregar nossas virilhas com mais intensidade. Em pouco tempo, senti meu corpo se contorcer todo, dei um grito alto de prazer e logo depois me senti completamente torpe, leve como uma pena. Fernanda continuou por mais um tempo, até rla mesma gozar, e logo desabamos de cansaço no sofá. Uma para cada lado, ofegantes, com nossas pernas ainda entrelaçadas. Fernanda acendeu um cigarro, deu uma tragada e passou para mim. Eu que não sou de fumar, aceitei e dei uma tragada também, e aquilo pareceu quase tão perfeito quanto o sexo que havíamos acabado de fazer. Fernanda se rastejou até meu colo e deitou sobre o meu corpo, descandando sua cabeça sobre o meu seio, e alí ficamos quase o fim de tarde inteira, apenas nos acariciando.

Parte 5: Epílogo

Não houve um dia desde então em que eu e Fernanda não transássemos. Seja na minha casa ou na dela, éramos como um casal completamente apaixonado. Transamos no banheiro, no quarto, na sala e uma vez até em cima da bancada da cozinha. Mas o mais excitante de toda essa história era o segredo em volta daquilo. Em nenhum momento eu esqueci de Marcelo, ele me ligava todo dia da China, e isso me deixava mais excitada. Saber que o nosso relacionamento era proibido ou moralmente condenável era o que me deixava mais com tesão. Fernanda sabia disso e não ligava, nunca chegamos a realmente formar uma relação.

Quando Marcelo voltou de viagem. Eu era uma mulher completamente diferente, mas apenas uma pessoa da minha vida via isso: Fernanda. Para Marcelo e todos os outros, eu ainda a garota certinha e recatada que conhecíamos. Mas quando ninguém estava observando, eu era a safada que tinha um caso com a minha vizinha.

Quando Iago e Tadeu voltaram de viagem no final do mês, Fernanda foi embora. Nós ainda nos víamos algumas meses, mas com o tempo a nossa relação foi esfriando. Hoje somos apenas boas amigas, embora eu ainda pense muito nela em meus momentos solitários. Ultimamente tenho pensado em algo a mais, algo que há um tempo atrás jamais imaginava fazer. Não sei se Marcelo aceitaria ou não, mas definitivamente vai ser algo que ainda farei: Sexo a três! Quem sabe essa também não vire uma boa história para ser contada.

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Boa tarde ás leitoras este conto é real mas é só para as lindas e boas mulheres . Depois do belo fim de semana que passei na Serra da Estrela com o cabrão do meu marido e que fudi com muito...

LER CONTO

1 - Comentário(s)

  • Caroline 27/09/2022 10:39

    Me chama pra um sexo a 3 , iria adorar.

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